Alpha and beta phylogenetic diversities jointly reveal ant community assembly mechanisms along a tropical elevational gradient

Abstract

Apesar do interesse de longa data na organização de comunidades de formigas ao longo de gradientes de elevação, poucos estudos incorporaram as informações evolutivas para entender os processos históricos que fundamentam tais padrões. Por meio da avaliação da diversidade filogenética α e β, analisamos a estrutura das comunidades de formigas de serapilheira ao longo da montanha Cofre de Perote, no México, e avaliamos se processos determinísticos (ou seja, filtragem de habitat, competição interespecífica) ou estocásticos (ou seja, limitação de dispersão) estavam impulsionando os padrões observados. Sítios de terras baixas e alguns sítios de terras altas apresentaram agrupamento filogenético, enquanto elevações intermediárias e o sítio mais alto apresentaram superdispersão filogenética. Inferimos que fortes restrições ambientais encontradas nas elevações inferiores e superiores estão favorecendo a prevalência de espécies intimamente relacionadas nessas elevações. Por outro lado, condições climáticas menos estressantes em elevações intermediárias sugerem que as interações interespecíficas são mais importantes nesses ambientes. A dissimilaridade filogenética total foi impulsionada pelo componente de renovação, indicando que a renovação das espécies de formigas ao longo da montanha se deve, na verdade, a mudanças de linhagens adaptadas a locais específicos que se assemelham ao seu nicho ancestral. A maior dissimilaridade filogenética entre comunidades foi relacionada a maiores diferenças de temperatura, provavelmente devido às estreitas tolerâncias térmicas inerentes a diversas linhagens de formigas que evoluíram em condições mais estáveis. Nossos resultados sugerem que a interação entre filtragem ambiental, competição interespecífica e especialização de habitat desempenha um papel importante na formação de comunidades de formigas de serapilheira ao longo de gradientes de elevação.